sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Raça da Semana (Alter Real)

Para aumentar nossos conhecimentos sobre os cavalos, vamos postar todas as raças no blog, uma por semana. Começaremos com o Alter Real.


ALTER REAL

O Alter Real é uma raça de cavalo originária de Portugal. O nome provêm da localidade de Alter do Chão e da palavra real, referida à realeza. O Alter Real é uma raça ibérica intimamente relacionada com o cavalo andaluz e o lusitano, e assim como eles, é um cavalo barroco.


O Alter Real foi criado em 1748 pela Casa de Bragança na Vila de Portel.O propósito era fornecer as Cavalariças Reais de Lisboa de cavalos adequados para equitação clássica e para puxar carruagens.Depois de oito anos, a coudelaria foi transferida para Alter, uma terra conhecida pelos seus bons pastos.   


A raça iniciou-se com 300 éguas andaluzas, trazidas de Espanha e com garanhões árabes. Durante a Invasão Francesa da Península Ibérica (1808-18014) a maioria dos exemplares foram repartidos entre as tropas napoleónicas. Em 1834 deu-se o encerramento da coudelaria depois da abdicação de Miguel I de Portugal.
Houve tentativas de revitalizar a raça com contribuições de outras raças como o Hannoveriano, Normando, Puro Sangue Inglês e cavalo árabe mas os resultados não foram bons. Como consequência da abolição da monarquia em Portugal, a coudelaria teria desaparecido se não fosse a intervenção de Ruy d'Andrade, considerado a maior autoridade equestre de Portugal, que salvou uma pequena quantidade de exemplares de Alter e organizou linhas de sangue.
Em 1932 a coudelaria passou para as mãos do Ministério da Agricultura, e desde aí a raça tem sido melhorada com a cuidadosa selecção de éguas e garanhões. Actualmente o número de individuos não é muito elevado mas não estão em perigo de extinção.


Diz-se que o Alter Real moderno é similar aos exemplares do século XVIII. A raça tem um passo alto e uma grande flexão de joelhos. Um poderoso e bem situado jarrete contribui para um bom movimento. A alçada oscila entre 150 e 160 cm. As cores mais habituais são o baio, castanho, tordo e alazão. O pescoço é arqueado, musculoso, curto e erguido por antureza e o perfil da cabeça recorda a dos cavalos andaluzes e lusitanos. O corpo é curto, a garupa arredondada e a implantação da cauda é baixa.


                                

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